Por Manoel Vidal

donor-ManoelEm 2013 eu fui a Bodhgaya para participar de um encontro do conselho diretor da Fundação Khyentse, e para sentar-me com meu professor sob a árvore Bodhi. Ali pude sentir um fio de continuidade desde o prórprio Buda, todo o caminho, até Khyentse Rinpoche. Emaho!

Apesar de a mensagem central do Dharma do Buda ser atemporal, eu compreendi que, em sua sabedoria, o Rinpoche enxergou a importância de reconstruir e fortalecer os pilares que deram suporte ao budismo através da história. Esta é uma empreitada na qual o Rinpoche se aplica de todo coração, e para a qual ele devota tanto esforço quanto para a orientação de seus alunos.

Um método para cultivar a devoção ao Rinpoche é caminhar a seu lado na missão de preserver o Budismo como uma tradição viva, autêntica e relevante no século 21. Dado que o Rinpoche, em grande extensão, confiou esta tarefa à Fundação Khyentse, através de nosso suporte podemos ampliar o relacionamento com nosso professor.

No entanto, eu acredito que a ênfase não deva ser no tamanho da contribuição de cada um. Sem dúvida, em um nível exterior, pode-se fazer muito mais coisas com uma grande quantia de dinheiro do que com uma pequena. Porém existe um nível interior que também está em jogo. E a pessoa que faz uma pequena contribuição pode estar dando um salto muito maior em direção à iluminação. Então o melhor é ter equanimidade e festejar todas as contribuições como igualmente preciosas.

Phuntsho Tobgyal, Swami Santoshananda, Rinpoche, Suresh Jindal, e Manoel Vidal na Índia, outubro de 2012.
Foto de John Solomon. Manoel é um aluno antigo do Rinpoche e representante da FK no Brasil.